novembro 30, 2007

GREVE GERAL.


Hoje dia 30 de Novembro de 2007, teve lugar no nosso paizinho, uma greve geral na função pública, que em vez de fazer corar de vergonha o Governo PS que nos governa, continuam a repetir chavões tipo: “País precisa de uma administração pública «moderna»” (JOSÉ SÓCRATES), como se a que temos tivesse nascido de geração espontânea e, não fosse de quem agora a acha obsoleta.

Estonteante, são os números apresentados pelo governo. Nem vou discutir se certos ou errados, apenas dizer que são ridículos, tendo em vista o que no terreno se viu…o país esteve parado. Preocupante, foram o grau de académico dos GREVISTAS…médicos, enfermeiros, professores, juízes…ou seja, a massa pensante dum pais que tanto reclama da falta de mão-de-obra qualificada.

- João Figueiredo, secretários de estado, disse que 21, 81% foi o número encontrado. Quando confrontado com encerramento da quase totalidade das autarquias, responde que não pode responder por estes Grevistas, viste não dependerem do governo.




SIMPLESMENTE RIDICULO

Como se não bastasse esta forma parola de tentar esconder a evidencia, vem um jornal divulgar os magníficos resultados em sondagem do PS, resultado tão extraordinários que manteriam a maioria absoluta, sendo penalizados no mesmo estudo, forças politicas como o PCP e o BE.
Resultados este, depois de todos os índices de Confiança dos Consumidores, se encontrarem com valores de descrença, como nunca atingidos até aqui.

Á tempo li…algures por ai, que ia ser criada uma lei, para que a publicidade sobre produtos, tinha de ser cientificamente testada.
Nos casos trazidos aqui, a quem pedimos contas da sua autenticidade???

Prefaciando outros incomodados, a sublevação civil peca por tardia.

novembro 24, 2007

Vergonha

Hoje, duas mortes trágicas enlutaram Portugal.

Uma, a do soldado paraquedista Sérgio Pedrosa devido a acidente…
A outra, a de um Taxista que nem se sabe o nome, morto a tiro.

Ás duas famílias as minhas mais sentidas e sinceras condolências, pela perda dos seus entes queridos.

Mas, se do Taxista nem se sabe o nome, pelo menos não consegui nas pesquisas que fiz, os familiares do Soldado Sérgio Pedrosa e, se calhar bem, já foi visitada pelo 1º Ministro em sua própria casa, sendo ainda notícia em tudo o que é meio de comunicação.

Nem sequer tem importância, mas é apenas um reparo. O taxista que eventualmente era suposto morrer algures numa qualquer estrada, de acidente…foi morto no Parque das Nações, zona chique de Lisboa.
O soldado que era suposto morrer crivado de metralha no campo de batalha…morre de acidente em Cabul no Afeganistão.

Tendo em conta esta ironia do destino, onde cabe a zelosa visita do 1º Ministro á família do soldado e, porque não também á família do Taxista??? Será que a família, nomeadamente o filho menor do taxista teve ao seu dispor, já nem digo a ilustríssima visita do Engenheiro, que essa não lhe faz falta nenhuma, mas no mínimo a visita de um técnico de saúde que o possa acompanhar???

Porque corre tudo o que é poder em redor da morte do soldado Pedroso e, do Taxista nem se sabe o nome???
Será que o Engenheiro sabe que mais um Taxista foi morto em Lisboa???

È por esta e por outras que cada vez mais, os Ramos Hortas deste mundo podre, proporão os Durões Barrosos para Nobel da Paz


Perdeu-se completamente a VERGONHA

novembro 23, 2007

O sapo

Devia começar por…era uma vez um sapo, que amava uma sapa que era lindaaaaaaaaaaaaaaaaaa de morrer e tinhas dois olhos azules, digo azules, porque tinha dois, se tivesse só um, era sarolha.

Mas não, o sapo de que lhes quero falar, é do SAPO (Servidor de Apontadores Portugueses Online) é um Internet Service Provider, fornecedor de serviços para a Internet, fundado em 1997.

Produzido por PT.COM © 2006 Todos os direitos reservados
O SAPO é uma marca e um motor de busca criado na Universidade de Aveiro
Na área da PT MULTIMEDIA, serve entidades tão distintas como: Investor Relations • TV CABO • Telepac • Lusomundo• Sport TV • Páginas Amarelas

Nos SERVIÇOS: NetCabo • Acesso SAPO • NetBI • Cidade Virtual • 118 Net • MediaBooks

E quem é a PT???
O Grupo Portugal Telecom é um operador global de telecomunicações líder a nível nacional em todos os sectores em que actua

Assume-se como a entidade portuguesa com maior projecção nacional e internacional e dispõe de um portfólio de negócios diversificado em que a qualidade e inovação constituem aspectos determinantes, estando ao nível das mais avançadas empresas internacionais do sector.

Perante tamanha eficácia…porque não se consegue entrar nos seus fóruns, tipo Parlamento???

http://generalidades.forum.sapo.pt/postlist.pl?Cat=&Board=parlamento

Quem conseguir, tem direito a um (premio) á sua escolha.


Será isto um serviço normal quando enchemos a boca de BANDA LARGA, choque tecnológico, um aluno um PC portátil…os maiores em serviços online???

Simplesmente vergonhoso este serviço.

novembro 22, 2007

Atrevimento ou Bacorada???

No dia em que mais um autocarro se despista, uma derrocada se verificou na Madeira e, num prédio ocorreu uma brotal explosão…

Li e ouvi o Procurador-geral da República (PGR) Pinto Monteiro, dizer que os juízes e magistrados não podem ser considerados funcionários públicos, porque é inconstitucional.
Disse mais, disse que deixaria de ser PGR se isso acontecesse, pois não gostaria de estar sob a alçada dos políticos.

Em resposta, li e ouvi o ministro da Justiça Alberto Costa, assegurar que o Governo respeita a autonomia do Ministério Público, sublinhando que, se o Procurador-geral da República (PGR) pensa o contrário, trata-se de um "equívoco" que resulta de "desconhecimento" ou "atrevimento".

Pinto Monteiro, vou trata-los por tu, porque eles não se dão ao respeito, para que os trate por Exas. Pinto Monteiro, pode até nem ter razão, até acho que tem…pelo simples facto de constitucionalmente existir entre outros poderes fundamentais, “ o poder judicial “, logo um orgão de soberania

O Alberto Costa, com a lucidez que o caracteriza, vai dai e, toma lá morangos, o PGR para alem de Totó, é atrevido.

- Será que esta gente não percebe que um é Ministro da nação e o outro é um dos 1º da hierarquia do estado???
- Será que esta gente não se enxerga e, não percebe que estão a governar uma pais e não estão numa qualquer discussão politica da treta,???
- Será que esta gente não percebe que das decisões deles, boas ou más, dependem aqueles que nada tem???
- Será que esta gente não percebe o quanto é ridículo ver na praça publica o Ministro a chamar atrevido ao PGR???


O PGR Pinto Monteiro, está talhado para ser sucessivamente enxovalhado…se Alberto Costa, Ministro da Justiça, lhe chama atrevido.
A Ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues, chama-lhe mentiroso.
Depois de Pinto Monteiro, legitimamente ter mostrado a sua preocupação sobre a violência nas escolas, eis que: a Ministra com toda a pompa, vem anunciar que afinal a violência nas escolas é residual e, baixou 30 e muitos por cento…

O Procurador-Geral da República , manifestou-se preocupado com a forma mais profissional como se têm vindo a cometer crimes violentos em Portugal.
Quase que aposto que vai ter o Ministro Rui Pereira, a chamar-lhe outra coisa qualquer.

Não era suposto estas entidades respeitarem-se entre si???

novembro 19, 2007

Rui Pereira, Ministro SOCIALISTA disse…




«Não existiu nenhuma agressão»

Hoje o ministro da administração Interna, perdeu duas boas oportunidades para estar calado.


1ª – A forma, nem sei como lhe chame, de desvalorizar a greve de 6 DIAS. dos trabalhadores da Valorsul e, o elogio á carga da GNR sobre quem legitimamente está em greve, a mando da administração da empresa.

- Mesmo aceitando como bom…que a GNR estava a cumprir a lei como diz o Ministro, quantas vezes mandou Rui Pereira, a GNR bater nos patrões que procedem a falências fraudulentas, para já falar dos ordenados de 400 euros em atraso????
Porque não manda Rui Pereira a GNR malhar nas administrações, das 100 ou 1000 melhores empresa que afinal fazem parte da lista de devedores ao fisco???...

2ª – A tentativa de assalto ao um banco no norte, que depois de grande aparato, com sequestros…e tudo segundo a policia, chegaram á conclusão que nem assaltante havia



Tenha vergonhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa srº Ministro, sob pena de lhe perdermos o respeito e, não levarmos a sério o que diga ou faça.

A carga existiu mesmo, porque eu vi
Sequestro?? Como se nem havia ladrão??

Preocupassem-se esta gente com a perda de 167 mil empregos qualificados desde que são governo, quando enchem a boca de tecnologia, modernidade , melhor educação e afins e, se calhar…não tinham força para bater em quem os legitimam.



Já agora uma palavra de alento para a valentia destes trabalhadores que contra tudo e todos, não vergam.

“ FORÇA , FORÇA COMPANHEIRO VASCO NÓS SEREMOS A MORALHA DE AÇO ”

Quem os viu, e quem os vê
Durão Barroso, nos seus bons tempos de camarada...

novembro 18, 2007

Os 4 Magnificos


A exemplo dos outros 3 magníficos, Bush, Aznar e Blair , Durão Barroso tras a lume que: leu informações que não eram verdadeiras sobre o Iraque.
Mas apesar disso, Portugal não se deve arrepender de nada…

Pergunto eu, o Tribunal Penal Internacional, TPI, não é para julgar estes casos????

Baseados em informações que não eram verdadeiras…destrói-se um pais, uma região uma civilização.
Os mortos são aos milhares, incluindo um enforcamento em directo que envergonha o mais simples dos homens dos nossos dias e, tudo se resume as informações que não eram verdadeiras sobre o Iraque??? Se as informações não eram verdadeiras, porque mantêm o Engenheiro as forças da GNR no território do Iraque???




Há aqui qualquer coisa que começa a roçar a sobranceria, o absolutismo e que me recuso a aceitar

novembro 16, 2007

As Jaquinas e os Jaquins


Ontem, ao ver por mero acaso a entrevista que a Responsável da Casa Pia, Joaquina Madeira, deu na grande reportagem a Judite de Sousa, fiquei com a sensação que para esta respeitável senhora, a questão crianças é de somenos importância.

- A senhora está escandalizada por uma denuncia que infelizmente se veio a confirmar?? Não devia estar agradecida a quem a vez, tendo em conta a natureza da denúncia, o salvaguardar crianças ás garras de algozes???
Podia ao menos ter dito que sim senhor, o tal funcionário fornecia crianças da instituição para as tais orgias e, quem participava nas orgias eram: Sicrano e Beltrano

Será por saber quem são os Sicranos e Beltranos, que a Joaquina Madeira, não respondeu a nada??

- Não sabia de nada
- Não podia confirmar nada
- Só lhe faltou dizer e, tenho raiva a quem saiba

Perante isto, é legitimo perguntar: o que faz Joaquina Madeira á frente dos destinos da Casa Pia??
Depois de todo este processo, ver a instituição ser de novo pastagem de p@nascas, no mínimo as Joaquinas Madeiras, tinham de ser afastadas, para não dizer condenadas.

Mas como a vergonha é nenhuma…quando se vê um ex-preso preventivo do caso Casa Pia, passar pelo Tribunal do Monsanto enquanto testemunha, se calhar em detrimento de arguido…e, falar á impressa como se tivesse vindo ver a bola, temos de esperar tudo neste processo em particular e, no país em geral.

País que admitiu: 40 mil para a função pública . Função publica que depois tem um quadro de excedentários e de mobilidade de não sei quantos mil…

Eu bem tento, mas não consigo lá chegar….


Mas se fosse só esta Jaquina…

- Temos a Jaquina da DREN cujo processo ao Charrua, na foi politico, mas á dias vi-a sentadinha mesmo por trás do Engenheiro
- Temos a Jaquina do ensino que faz a cabeça em água a toda a gente, passando até quem nã vai á escola
- Temos a Jaquina do ambiente que dá milhares ao CCB. Terá alguma coisa a ver com a exposição do Berarde???




- Temos também Helena Gomes, a Jaquina directora do Hospital de Faro, que estando tudo bem…segundo ela,hoje recebeu a demissão individual, de 18 médicos, directores de serviço




Mas também temos alguns Jaquins.

- Temos o Jaquim da saúde que mete as grávidas a parir nas auto estradas
- Temos o Jaquim das finanças que manda a ASAE fiscalizar os sanitários na taberna da Chica das Iscas, mas esquece-se por exemplo que a Loja do Cidadão, não tem sanitários para servir os utentes.
- Temos o Jaquim da Agricultura que só pelo facto de os pato nadarem bem, era mais que evidente que estava bons de saúde, logo sem língua azul…
- Temos o Jaquim da RTP 1, que é tão bommmmmmmmmmmm, tão bom, que entala o Zé Rodrigues do Santos, se calhar por falar verdade e, sem que termine o seu vinculo á televisão, vai de malas aviadas para a Estradas de Portugal, a tal que detêm a concessão, não de 99, mas de 75 anos, como fosse o único gestor existente em Portugal


Porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa p´ras Jaquinas e p´ro Jaquins

http://amendoeiras.blogspot.com/2006/05/casa-pia-paga-carro-membros-do-governo.html

novembro 13, 2007

O Rei

Sem me debruçar muito sobre o caso, ouvi por alto que o Rei Juan Carlos de Espanha, tinha mandado calar Hugo Chaves numa recente cimeira.

Hugo Chaves pode até e, parece não ser flor que se cheire…mas que direito tem o Rei para mandar calar seja quem for???
O que sabe Chaves que tanto irritou o Monarca??
Será que Chaves sabe que ele, o Rei , apoiou Aznar na tentativa de golpe de estado á Venezuela??? Esta Realeza da tanga, começa a ser absolutista demais para o meu gosto.

Hoje foram condenados em Espanha dois cartunistas por ter colocado o príncipe a ter relações sexuais com Letícia, numa posição que: se não a praticam é porque nem lhes passa pela cabeça o que perdem.
Se praticam…porque se escandalizam???

Claro que a posição do rei, foi um acto heróico…na opinião do resto da pandilha, a mesma pandilha que perante a prisão domiciliária de Benazir Bhutto, por parte do Rei Musharraf do Paquistão, amigo da pandilha, não esboça um pequeno esgar de enfado.


Resumindo, não consigo destrinçar diferenças entre o Rei e Benazir Bhutto, para diferente atitude por parte dos iluminados do mundo.

novembro 11, 2007

São Martinho

No dia de São Martinho, vai a adega e prova o vinho…

Com temperaturas como as registadas, será que este ditado faz sentido???

Mesmo assim…eu fui á feira.
O cheiro das castanhas assadas, das farturas e do polvo seco, perfumavam o ar
O bulício do povão a passear despreocupadamente, a regatear, aqui e ali, o preço na tentativa de uma boa compra…era enorme
O movimento do carrossel, que fiz questão em andar, estava estonteante
Os carrinhos de choque num rodopio de alegria faziam as delícias de novos e velhos
Os feirantes gritavam a plenos pulmões, tentando chamar a atenção para os seus produtos que, sendo iguais aos do vizinho do lado, para ele, eram incomparavelmente os melhores…Mediante serem ou não satisfeitos os seus caprichos, gargalhadas de umas crianças, misturasse com o choro de outras.
Maravilhaaaaaaaaaaaa. Tudo isto é São Martinho…pena é que se teime em acabar com estes ambientes genuinamente pagãos, onde não se destrinça o pobre do rico.

Mas sinais há que…a velha lista telefónica a servir de cartucho p´ras castanhas, começa a cair em desuso, dando lugar a um saco de papel devidamente esterilizado e, como é obvio uma dúzia de castanhas custam a módica quantia de 2 €uros.

Nem sequer quero questionar a validade destas medidas , apenas quero deixar o meu alerta.
Deixem respirar a Economia.
Sufoca-la com pequenos nadas.
Se calhar vou dizer um disparate… A argúcia, o desenrasca, a habilidade intrínseca, faz parte deste tipo de ambientes, mata-lo…devia ser considerado CRIME.


http://www.malhatlantica.pt/netescola/omouro31/Smartinho.htm

Por tudo isto…Fui á feira de São Martinho

novembro 10, 2007

ASEA

10 Restaurantes, sem ser importante, incluindo o “BARBAS “, são encerrados pela ASEA em Almada. Restaurantes enquadrados no plano Polis e, que em breve mudarão de local.

Antes de ler a noticia, imaginei…sei lá, falta de limpeza, comida estragada, instalações degradada, clientes intoxicados…

Motivo do encerramento??? Falta de licenciamento.
Encerramento executado ás 18 horas de uma sexta-feira, deixando os proprietários sem qualquer tipo de reacção. Até porque quem os podia licenciar se fosse o caso, estava encerrada, a Câmara.

Como se percebe com um fim-de-semana á porta…De frigoríficos cheios, com todas os prejuízos que dai advêm e, até a eventual deterioração dos produtos e alimentos, essa sim, a verdadeira função destes agentes, que não se sabe bem de onde vem e, muito menos para onde vão.

A questão que coloco é esta: no meio de tanto zelo…onde fica a economia?? Economia tão propalada, ao ponto de um poço de petróleo descoberto no Brasil ser importantíssimo.
A ser assim, porque não juntamos os nosso pocinhos (restaurantes) neste caso e, deixamos a economia respirar??

Só mais uma questão, quem são os responsáveis por estes atropelos??? Em suma, “Quem é que vai pagar o prejuízo, não ao restaurantes porque esses já os têm, mas á economia ???
Um bocado de bom senso não ficaria bem aqui???

No mínimo, dêem-nos rostos dos responsáveis, já que os executantes os escondem sem sabermos bem porquê.


ELES ESTÃO DOIDOS


A MEIA DÚZIA DE LAVRADORES que comercializam directamente os seus produtos e que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham, preparam-se, depois da chegada da "fast food", para fechar portas e mudar de vida. Os cozinheiros que faziam a domicílio pratos e "petiscos", a fim de os vender no café ao lado e que resistiram a toneladas de batatas fritas e de gordura reciclada, podem rezar as últimas orações. Todos os que cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, compotas, rissóis e croquetes, podem sonhar com outros negócios. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados à sua maneira vão ser liquidados.

A SOLUÇÃO FINAL vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os inspectores, os fiscais, a imprensa e a televisão. Ninguém, deste velho mundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa os computadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos e matérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente está condenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têm Estado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se no governo nacional, sob tutela carismática do Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios do açúcar.

EM FRENTE À FACULDADE onde dou aulas, há dois ou três cafés onde os estudantes, nos intervalos, bebem uns copos, conversam, namoram e jogam às cartas ou ao dominó. Acabou! É proibido jogar!
Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas de louça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico.
Vender, nas praias ou nas romarias, bolas de Berlim ou pastéis de nata que não sejam industriais e embalados? Proibido.
Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos.
Na província, um restaurante artesanal é gerido por uma família que tem, ao lado, a sua horta, donde retira produtos como alfaces, feijão verde, coentros, galinhas e ovos? Acabou. É proibido. Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido.
Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido.

Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre é proibido. Tem de ser garrafas especialmente preparadas.
Vender, no seu restaurante, produtos da sua quinta, azeite e azeitonas, alfaces e tomate, ovos e queijos, acabou. Está proibido.
Comprar um bolo-rei com fava e brinde porque os miúdos acham graça? Acabou. É proibido.
Ir a casa buscar duas folhas de alface, um prato de sopa e umas fatias de fiambre para servir uma refeição ligeira a um cliente apressado? Proibido.
Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido. Só industriais.
É proibido ter pão congelado para uma emergência: só em arcas especiais e com fornos de descongelação especiais, aliás caríssimos.
Servir areias, biscoitos, queijinhos de amêndoa e brigadeiros feitos pela vizinha, uma excelente cozinheira que faz isto há trinta anos? Proibido.

AS REGRAS, cujo não cumprimento leva a multas pesadas e ao encerramento do estabelecimento, são tantas que centenas de páginas não chegam para as descrever.
Nas prateleiras, diante das garrafas de Coca-Cola e de vinho tinto tem de haver etiquetas a dizer Coca-Cola e vinho tinto.
Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género.
Não pode haver cruzamento de circuitos e de géneros: não se pode cortar cebola na mesma mesa em que se fazem tostas mistas.
No frigorífico, tem de haver sempre uma caixa com uma etiqueta "produto não válido", mesmo que esteja vazia.

Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para uma sanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessa operação.
Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda.
Aproveitar outras sobras para confeccionar rissóis ou croquetes? Proibido.
Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico, papel ou tecido.
Torneiras de abrir e fechar à mão, como sempre se fizeram? Proibido. As torneiras nas cozinhas devem ser de abrir ao pé, ao cotovelo ou com célula fotoeléctrica.

As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes por dia e devidamente registadas.
As temperaturas dos frigoríficos e das arcas têm de ser medidas três vezes por dia, registadas em folhas especiais e assinadas pelo funcionário certificado.
Usar colheres de pau para cozinhar, tratar da sopa ou dos fritos? Proibido. Tem de ser de plástico ou de aço.
Cortar tomate, couve, batata e outros legumes? Sim, pode ser. Desde que seja com facas de cores diferentes, em locais apropriados das mesas e das bancas, tendo o cuidado de fazer sempre uma etiqueta com a data e a hora do corte.
O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes de leite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados.

TUDO ISTO, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente. E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, com estas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, pois claro.


«Retrato da Semana» - «Público» de 25 de Novembro de 2007
Antonio Barreto

Ridículo


Neste pais do faz de conta, verificar situações tão díspares como as que abaixo descrevo, sem serem únicas, começam roçar o ridículo, quando se quer fazer passar o contrario.

- Câmara é que paga defesa de Fátima, a de Felgueiras que já pagou dos seus cofres 200 mil euros.
- Por outro lado, 61,6 milhões de euros é a verba que o Governo prevê gastar só em deslocações e estadas no próximo ano e que ultrapassa em cerca de dez milhões o montante orçamentado para este ano: 51,8 milhões.

- Mas como no melhor pano cai a nódoa…por falta de verbas, deficientes podem ficar sem aulas
(…)Estefan Vale, de 15 anos, que sofre de distrofia muscular congénita, será um dos deficientes afectados. Tem um grau de deficiência de 95 por cento(…)


Quando se adivinha uma greve (geral) pensar em aderir…se calhar não seria má ideia e, assim fazer perceber ao engenheiro que sem povo, não tem com que governar, nem para quem governar.

novembro 09, 2007

Os Maias e os Nossos dias

Ao deambular pelas coisas mal arrumado…nesta maquina diabólica que são os computadores, encontrei uns escritos onde tentava fazer a comparação entre o século XIX e os nossos dias, nomeadamente os Maias e, rezava assim:

A obra em estudo, à luz dos nossos dias, não pode estar mais actualizada, a saber:

- Comparando os vencidos da vida, em estudo, com a sociedade contemporânea, até que ponto não se pode comparar o grupo dos Capitães de Abril como os vencidos da vida dos nossos dias. À semelhança do grupo da Questão Coimbrã? Que discutiram correntes filosóficas, mas acabaram ambos fora do poder de decisão.
Se é certo que o grupo da Questão Coimbrã discutiam correntes literárias, não deixaram de se imiscuir entre o ultra-romantismo e o realismo, que mais não eram do que pensamento políticos. Sendo o Romantismo uma corrente literária mais conservadora, e o Realismo mais liberal, que levaria ao Socialismo Utópico, que à luz dos nossos dias, e grosso modo, poderíamos designar de direita e esquerda.
Frases como: “O Rei surge como a única força que no Pais ainda vive e opera”, que quanto a mim é o expoente máximo do imobilismo a que chegaram os vencidos da vida.
Pode ser comparada à subjugação dos nossos políticos, alguns deles fazendo parte das Conferencias do casino (Cimeira dos Açores) 16/03/2003, que prestam vassalagem aqueles que outrora condenavam e que hoje decidem a seu belo prazer os destinos de outros povos. Como é o caso da tomada de posição unilateral dos Estados Unidos da América no que se refere ao início da guerra do Iraque.
Se nos Maias se fala em banca rota (Cohen), hoje diz-se que os país está de tanga (Durão Barroso), ou ainda em recessão, que traduzido à letra é rigorosamente a mesma coisa, até porque a dependência e dívidas a países estrangeiros continua e, a má gestão prevalece.
O Diletantismo de Carlos da Maia, o novo-riquismo de Damâso a futilidade da Condessa Gouvarinho ou a corrupção em Eusebiozinho, são por demais evidentes, pois não seria difícil mudar os nomes das personagens e manter a estrutura da obra.
Quantos são infelizmente os jovens (João da Ega), que escudados numa vida de trabalho dos pais, não bocejam de tédio, encharcados em vícios e sexo, pulando de Toca em Toca, deixando um lastro de inocentes desprotegidos que por vezes o destino, cá está o destino, se encarrega de juntar, dando origem a dramas como os vividos entre Carlos da Maia e Maria Eduarda, sua irmã. Para além disso, não dispõem de qualquer tipo de projecto de vida definido e se apostam fazem-no de uma forma megalómana e se erram, nada de mal acontece, como se verificou com o empreendimento de Carlos da Maia no luxuoso consultório e principalmente no laboratório.
No novo-riquismo de Damâso, nem se fala, pois os carapaus alimados, o medronho de Monchique ou ainda a nossa paisagem Algarvia, com a alfarrobeira ou amendoeira, já não prestam, o que é bom, são as pizzas, os hambúrgueres, as coca-colas, as palmeiras plantadas junto à Marina de Portimão (qual Bora Bora), as roupas de marca ou seja, só o que é estrangeiro é bom (Sousa Neto), já para não falar dos sinais exteriores de riqueza, que exprimidos se traduzem em expedientes baratos e denúncias sujas, tal como aconteceu com a venda do artigo (injurioso) ao jornal de Palma Cavalão.

Aqui está outra figura interessante nos nossos dias.

Palma Cavalão, é o que não falta na nossa praça, embora com outros meios e mais polidos, é vê-los rodeados dos mais respeitados senhores, tal como na época, a botar palavra e a escrever as coisas mais absurdas, sobre os mais variados temas, alimentados pelos dandys dos nossos dias, que depois de abrirem as portas das suas vidas, ficam ofendidíssimos com as verdades que não conseguiram esconder, como foram agora os casos mais recentes do escândalo Casa Pia, ou a tramóia da Universidade Moderna, que descobertas tentam a todo o custo calar, até comprar o silencio daqueles que embora de uma forma ignóbil, lançam na praça publica os podres de uma denominada elite, para não lhe chamar pandilha, que resguardados em compadrios, se arrogam no direito de impunemente, espero bem que não, se fazerem passar por paladinos da inocência, tal como aconteceu com Carlos da Maia e Damâso, no que se refere ao incesto anunciado com a sua irmã Maria Eduarda.

Comparar a futilidade da época, com os nossos dias, é pura brincadeira de meninos, pois os fúteis actuais, são fúteis encartados enquanto que os da época não passavam de aprendizes de banalidades.
Se eu, tal como Eça de Queiroz, tivesse o dom das figuras de estilo (adjectivos, advérbios ou metáforas), pintaria um quadro, neste caso negro, enumerando os mais bizarros actos de frivolidades. Mesmo assim, não resisto em dar o exemplo: da senhora chique, tão do agrado de Damâso, que aperaltada de nariz empinado e cheia de salamaleques , se distraiu e não pagou o cabeleireiro, ou ainda o senhor de gravata de seda, mas com sebo atrás das orelhas, que não tendo dinheiro para cumprir as suas obrigações fiscais, pagar a fornecedores , empregados e, carregado de subsídios, obtidos de forma fraudulenta, se pavoneia com o Jipe Xpto, ultimo modelo ou exibe o telemóvel, dependurado à cintura de forma ostensiva, que depois não sabe utilizar.

Nas corridas de cavalos, também somos capazes de encontrar algum paralelo com os nossos dias, pois é ver as badaladíssimas festas do nosso, dito jet-set, em que por vezes o ridículo impera e as cenas de faca e alguidar, tão ao gosto dos Românticos (Tomás de Alencar) se podem encontrar nas Cornetas do diabo, vulgo revistas cor-de-rosa, consumidas avidamente por aqueles que na tentativa de nelas participar (festas), se comportam e regem por padrões desajustados das vidas reais.

No que se refere aos presságios, penso também encontrar alguma similitude, para pior, pois um dos símbolos de presságios descrito por Eça, nos Maias, é o painel com a cabeça degolada de João Batista dentro de um prato de cobre e que tanto impressionou Mª Eduarda, levando Carlos da Maia a tapa-la quando do primeiro acto incestuoso com a irmã. Se comparar-mos este apontamento, com as cabeças decapitadas de crianças Palestinianas, servidas em baixelas de ouro, por algozes sedentos (Heródes), será que tal como Carlos teremos o desplante de esconde-las? E estes actos hediondos que a alguns não impressiona, será que não é um doloroso presságio para os tempos que se adivinham? Isto apesar dos símbolos evangelistas, (religião) que pululam nos nossos dias.

Dizer muito mais do que acima descrevo, seria alimentar ainda mais o pessimismo da sociedade actual, que rejeito fazer, mas as evidencias são tão claras que ao fazer esta analise me levou a pensar que este ciclo da nossa vida social, não é politico, nem económico, mas sim hereditário e assim sendo, a cura para este mal torna-se muito mais difícil, isto partindo do principio que há cura para doenças hereditárias.
Pena é que individualidades como Afonso da Maia, e que felizmente ainda são muitas, pessoa(s) impoluta(s), sejam arrastadas neste mar de banalidades e chorrilhos, que só servem os poderosos em detrimento dos humildes.
Esta despretensiosa comparação, é tanto mais espantosa, se tivermos em conta, que o tempo que separa as épocas em estudo é de dois séculos, que dito assim, não parece nada, mas, se pensarmos que dois séculos são duzentos anos e duzentos anos, à taxa média de vida, ( mais ou menos 70 anos) corresponde a 3 vidas, o caso muda de figura.
Pergunto:
Como é possível que duzentos anos depois e apesar de toda a evolução tecnológica, económica e social, as mentalidades mesquinhas e vazias prevaleçam em prejuízo dos valores morais. Só uma grande obra como os MAIAS, é capaz de nos mostrar essa triste realidade.



Leandro
25 de Fevereiro de 2003

novembro 05, 2007

Abertura

Este blog , será aquilo que no momento me vier á cabeça...mas será concertesa um blog, onde a critica social vai estar presente.
Depois de 33 anos do 25 de Abril acontecer isto...Filme Corrupção baniu referências políticas...é no minimo paroulo.
Como diz um comentario...Bom,essa do filme não passar nas salas de cinema do Porto é significativo.
Agora pergunto eu, porque será???

Como não sei esconder os links vai mesmo assim.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=64967

Mas aceito ajudas